Entrevista com Diogo Andrade em 19/01/2003

RH41 - Quais os títulos que você já conquistou?
Diogo - Em 2001 fui campeão capixaba de motocross na categoria Intermediária e vice campeão capixaba de supercross 125cc. Em 2002 troquei minha Honda CR125 por uma CR250 com o apoio da Itacar Motos, passei para a Força Livre(250cc) e fui campeão capixaba de supercross. Ganhei também a primeira etapa do capixaba de motocross mas o campeonato não teve continuidade.

RH41 - Você não correu a categoria Intermediária do supercross em 2001?
Diogo - Os organizadores não permitiram que eu participasse porque eu era campeão da Intermediária do motocross.

RH41 - Mas você era um piloto estreante e são dois campeonatos diferentes?
Diogo - Disseram que eu estava muito rápido para a Intermediária...(risos). Fazer o que...

RH41 - E o capixaba de motocross que só teve uma etapa em 2002?
Diogo - Não houve definição. Teve uma reunião na FECAM com a presença de vários pilotos e o presidente, Renan Loubak, sugeriu que a corrida de Alto do Caxixe dia 26/01/2003 poderia valer para marcar pontos para encerrar o motocross de 2002 além de ser a abertura do motocross de 2003. Ainda não ficou definido. Eu acho ruim terminar o campeonato de 2002 em 2003 mas também acho ruim ter ganho a primeira e única etapa e não poder ser declarado campeão.

RH41 - Porque você parou de treinar depois da conquista do campeonato capixaba?
Diogo - Eu estava treinando muito durante o campeonato e depois de ser campeão resolvi tirar umas férias antes de começar os treinos para 2003. Também precisava consertar algumas coisas na moto para poder troca-la por uma mais nova.

RH41 - Porque você trocou a Honda CR250 pela Yamaha YZ250?
Diogo - Em primeiro lugar eu entrei em contato com a Itacar Motos para saber se eles continuariam o apoio em 2003 e não obtive resposta. Em 2002 a Itacar me apoiou e também apoiou vários pilotos e agora parece que eles não estão apoiando mais ninguém. Em segundo lugar eu sempre andei de Honda e queria experimentar a Yamaha.

RH41 - Você gostou da Yamaha?
Diogo - Achei muito boa, fácil de pilotar e com um motor muito forte. Ela é 2002 e minha Honda era 2001, isto também faz muita diferença.

RH41 - E o Motorhome?
Diogo - Já terminou a reforma e agora está sendo feita uma pintura personalizada da equipe. Deve ficar pronto no início de fevereiro.

RH41 - Você conseguiu apoio de várias empresas de Guarapari para esta reforma, quais foram?
Diogo - O motocross é um esporte muito caro. Além da moto, que é importada, gasta-se com equipamentos de segurança, ferramentas, gasolina especial e despesas com viagens. A Anda Construtora, meu principal patrocinador, comprou o Motorhome em 2002 o que barateou os custos com viagens e hotéis. A Mecânica Ceccato fez uma adaptação de uma porta lateral para o transporte das motos na traseira do Motorhome. Consegui apoio para a reforma e pintura das empresas Supermercados Santo Antônio, Tófoli Madeiras, Caldo de Cana Saúde, Metalúrgica Peçanha, Mário Imóveis, Márlin Material de Construção, Comeg, Globo Material de Construção, Padaria Paris, Drogamérica, Foto Carlos, Vitrine Brasil, Gran Rocha, Pneus Guarapari, Malagueta, Metalúrgica Gianizelli, Telentulho e Posto Dino.

RH41 - A quem você gostaria de agradecer?
Diogo - Meus pais, pelo apoio e confiança... Meu mecânico Erivelton, meus amigos Beto, Jorge Galavote, Daniel e outros que sempre dão uma força em treinos e corridas... Meus patrocinadores....... Roger e Lauro Hoffmann.

RH41 - O que você acha do Roger Hoffmann, seu companheiro de equipe?
Diogo - Ele gosta muito de motocross e tem muita vontade de treinar e competir. Ele me deu muita força e torceu muito para eu ser campeão.

RH41 - Qual foi sua melhor corrida?
Diogo - Foi quando venci o Supercross de Iconha em 2002. Ali eu achei que tinha chegado no nível dos pilotos da categoria força livre, adquiri confiança e vi que poderia ser o campeão 2002.

RH41 - Quais são seus planos para 2003?
Diogo - Manter o título de campeão capixaba, participar do campeonato brasileiro de motocross além de correr as provas do mineiro e carioca que não coincidirem com o campeonato capixaba. O brasileiro é o mais complicado porque as provas são em São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Paraná e Minas Gerais, mas vou tentar ir em todas.