A terceira etapa começou muito bem. Sábado foi meu aniversário e eu me sentia muito confiante. Estava bastante disposto e ansioso para o fim de semana. Fui para pista e me senti num ritmo muito bom, treinei e và que estava no mesmo tempo do primeiro pelotão. A surpresa maior veio após o primeiro classificatório, quando fiquei sabendo que era o sexto melhor tempo. Estava a frente de Mike Alessi, Nick Wey, Timmy Ferry, Kevin Windham e Michael Byrne. Realmente um grande presente de aniversário.
Mudei de estratégia para o segundo treino. Já estava classificado então fiquei tranqüilo. Queria traçados diferentes, comecei a explorar outras partes da pista, mas logo as coisas começaram a sair do rumo desejado. Na segunda volta o motor da moto estourou. Foi um banho de água fria na euforia do sexto tempo. Foi o segundo motor estourado na mesma semana. Eu não tinha um terceiro motor reserva. Rodamos todos os boxes em busca de peças para reposição. Tenho muito que agradecer ao Max (meu primo e mecânico). Ajudei a ele enquanto pude e fui dormir. Ele trabalhou durante toda a noite para ter a moto pronta no domingo. Não foi nada fácil.
Domingo pela manhã ainda tinha trabalho para ser feito. Não pude fazer o primeiro treino da manhã e perdi a oportunidade de escolher um bom lugar no gate e para piorar eu estava com uma moto totalmente original. Mesmo com tudo contra, fui pra pista e ainda fiz um bom segundo treino. Não me deixei abater e mantive animado para a corrida.
1ª bateria Larguei bem, por fora, arrisquei e me dei bem, no final da primeira curva eu estava entre os dez melhores. Imprimi um ritmo forte e logo que passei no pit stop recebi a placa de 8º colocado. Mantive o ritmo, mas a sorte definitivamente não estava do meu lado. O piloto John Dowd dividiu comigo fortemente uma curva e nós dois acabamos indo ao chão. Levantei rápido, peguei a moto, não perdi muitas posições, mas infelizmente, vi que minha moto saÃa muita fumaça. Fui pro pit stop e o Max constatou que o radiador da moto havia quebrado com o choque. Tive que abandonar. Fiquei chateado, procurei descansar e sabia que teria energia extra pra 2ª bateria.
2ª bateria Larguei forte, com tudo, como feito na primeira bateria, porém, na primeira curva me envolvi num acidente. Eu e mais três motos. Novamente estava eu em último. A moto ficou toda empenada. Mais de dez motos passaram sobre ela. Voltei pra corrida com a moto torta e em poucas volta me recuperei. Voltei a estar entre os 20 primeiros. Novamente outro acidente, desta vez eu entrei no meio do Nick Wey. A moto desligou, perdi muito tempo, mais de uma volta e por questão de honra e para treinamento fÃsico fui até o fim. Tomei a bandeirada em 25º, fora da zona de pontuação. Estou em 20º no campeonato.
Mesmo com todo este fim de semana conturbado, sei que estou rápido na pista e agora vou continuar trabalhando para terminar numa colocação melhor. Estou satisfeito por estar inteiro fisicamente, por poder continuar neste difÃcil desafio. Chegar a elite do motocross não é fácil e as vezes é necessário mais que técnica. È necessário muita força fÃsica e principalmente mental.
Agradeço aos amigos que torcem fervorosamente por mim. Obrigado a RIFFEL, FOX, Zoolo, ASW, Orbital, Pirelli, Cia Athletica, All Service Cleaning, Max Saving Mortgage/Andrey Jomakei , John Burr, Tag, One, DRD e CTi.
abraço a todos
Balbi |
O Max e o RC no pit-stop nos treinos
“Oi Stewart, qual e a sua desculpa pra primeira bateria?” Placa de um torcedor
O capixaba João Carlos
Balbi explodiu o motor da CRF 450 no sabado. Mais trabalho pro Max.
Aniversário na pista
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