Balbi ficou na quarta colocação em Capim Branco
Foto: Idario Araujo/ Y. Sports
|
Pipo ficou com o terceiro lugar em Capim Branco Foto: Idario Araujo/ Y. Sports
|
Um erro a apenas cinco voltas para o final, tirou de Jorge Balbi o título de Rei do Supercross. O piloto liderava com folga o Desafio Internacional Edgel de Supercross quando deixou sua moto morrer e acabou ficando sem a vitória. A prova foi realizada neste domingo (11 de outubro) em Capim Branco, MG.
Balbi liderou durante 22 voltas e fez a volta mais rápida da prova, mas acabou vendo a vitória ficar com o costarriquenho Roberto Castro. Visivelmente desapontado ao final da competição, o piloto preferiu evitar desculpas.
“Sabia que não podia cometer nenhum erro, cometi e não consegui a vitória. Foi um erro meu e faz parte do esporte. Estava com a prova administrada e com uma vantagem confortável quando acabei vacilando”, explicou.
Porém, o mineiro fez muitas críticas à pista da competição. “O traçado era muito, mas muito fácil e não dava chance para que os pilotos se diferenciassem tecnicamente, o que acabou me prejudicando pois era impossível abrir mais que dois, três décimos por volta”, comentou.
O coro de Balbi foi endossado pelos outros pilotos. Até o vencedor Roberto Castro fez críticas ao traçado do circuito. “A pista estava fácil e, assim, ficava muito difícil fazer ultrapassagens. Por causa disso tive que fazer ultrapassagens muito forçadas e quase me chocar com meus adversários”, disse.
Balbi, que é o único brasileiro a competir no exterior, tem feito constantes críticas ao nível das pistas no Brasil. Segundo ele, é necessário que os organizadores das provas aumentem o nível de exigência dos traçados para que, consequentemente, o país eleve o nível dos seus pilotos.
“Não adianta nada o pessoal competir em pistas como essa e, quando vai para grandes competições, encontrar pistas muito mais difíceis e duras. Assim fica muito complicado para o esporte evoluir no Brasil e a tendência é a diferença de nível aumentar em relação a quem compete no exterior”, disse.
Especificamente em relação à pista do Supercross Edgel, Balbi foi ainda mais duro. “Nem sempre a pista mais fácil é mais segura. A pista aqui era fácil e não era muito segura, pois a gente ‘esparramava’ para todos os lados e ela se tornava perigosa. Enquanto as coisas continuarem assim, o nível do esporte no país não vai melhorar nunca”, disse.
O piloto catarinense Cristopher Castro terminou na 3ª colocação, sendo o melhor representante da equipe 2B Racing na prova. O bom resultado coroa a grande temporada dele, que foi vice campeão brasileiro de Motocross nas categorias MX1 e MX2. Mesmo com o bom resultado, Pipo também não gostou do circuito.
“O evento foi muito legal, com muito público e uma estrutura impressionante. Mas a pista era muito fácil, fazendo com que todos os pilotos ficassem praticamente em igualdade de condições. Quando é assim, a prova vira uma loteria”, disse. A 2B Racing tem o patrocínio de i9, Consórcio Realizar e Mart Plus e Apoio de ASW e Orbital.