11/07/2008 - AMA MX 6ª etapa: Balbi “Essa etapa foi muito positiva para mim. Conquistei o meu melhor resultado em baterias.”.
Fonte: Blog do piloto
6ª Etapa
Balbi com o trofeu The Ricky Carmichael Hard Charger Award que ganhou na 5ª etapa por largar em ultimo e chegar em 11° em uma bateria. Notem o olho roxo da pedrada que levou nesta 6ª etapa. Balbi é patrocinado por: ASW/FOX, L’ACQUA DI FIORI, MR-PRÓ e ZOOLO. |
Quinta-feira, Julho 10, 2008
Olá amigos do blog,
Tudo bom com vocês?
Esse fim de semana que passou corri mais uma etapa do AMA Motocross, em Buchanan. Ela marca exatamente a metade do campeonato. Essa etapa foi muito positiva para mim. Conquistei o meu melhor resultado em baterias. Posso dizer a vocês que como tudo na vida, esse resultado não foi nada fácil.
A minha semana que antecedeu a prova foi muito boa. Pela primeira vez antes de uma prova me sentia 100% fisicamente, mentalmente e tecnicamente. Agora, eu acredito estar em minha melhor forma. O tombo e a lesão na mão me complicaram um pouco. Os treinos e a minha confiança não estavam como antes. É muito bom chegar a metade do campeonato mais disputado do mundo, com muita confiança e me sentindo cada vez melhor. Agradeço muito a Deus por essa oportunidade de correr no AMA.
Então, vamos falar da prova. No sábado, andei muito bem e nas duas seções de treinos estive entre os top10. Sem mesmo precisar de força. Dormi muito bem e entrei mais uma vez na pista do domingo de manha. Eu estava me divertindo, porém, as coisas complicaram um pouco e acabei levanto um tombo muito forte. Felizmente para mim foi apenas um susto, mas a minha moto ficou destruÃda. Essa queda não me deixou fazer uma volta rápida. Acabei ficando com um lugar razoável no gate. Mais uma vez agradeço ao meu mecânico Max. Antes da prova ele teve muito trabalho para refazer a minha moto. Ele trocou guidão, radiador, manetes e etc. Primeira bateria Antes da prova eu estava falando com meu chefe de equipe. Comentei com ele que mal podia esperar por uma boa largada. Eu estava muito confiante que iria conseguir largar bem. Caso isso acontecesse, eu teria condições de acompanhar os ponteiros por algumas voltas e ver as linhas deles. Eu acreditava muito que eu podia terminar a prova em oitavo, sétimo ou talvez um sexto lugar. Nunca se sabe né?!
Foi o que fiz, na verdade, o que quase fiz. Pulei muito bem do gate e após uma eletrizante primeira volta, eu era o sexto colocado. Eu estava atrás de T. Ferry. Procurei me concentrar muito. Não queria deixá-lo escapar, pois ele sempre tem linhas agressivas e inteligentes. Fiz tudo certo e me mantive na cola dele por duas voltas. Ele acabou caindo e assim fui para a quinta colocação. Com o tombo de Tim Ferry, acabei perdendo um pouco da referencia do pelotão da frente. Tive que manter meu ritmo forte, pois atrás de mim tinha muita gente boa. Aos 15 minutos de prova, o meu mecânico Max me deu a placa de quinto lugar.
Já era a metade da prova. Consegui manter um ritmo bom e o único piloto que estava colado em mim era o N. Wey, que por sinal vinha em um fim de semana inspirado, já que corria em casa. Aos 18 minutos, N.Wey acabou me passando. Tentei tirar proveito disso, pensei comigo. Vou na balada dele que assim fujo dos pilotos que vêem atrás de mim.
Vinte minutos de prova, estava tudo sobre controle. Copiei as linhas do Wey e voltei a virar rápido, porém, a pista estava muito técnica. O que acabou levando muita gente a conhecer o gostinho da terra. Eu acreditava estar tudo sobre controle, mas em fração de segundos minha moto saiu de traseira. Acabei levando um mega tombo. Levantei rápido, mas acabei perdendo várias posições. A minha vontade na hora era chorar. Mas não deixei isso me abalar e voltei a andar forte.
Fui pra cima para tentar diminuir o prejuÃzo. Voltei para a prova na décima sétima colocação e logo fui me recuperando aos poucos. Eu já era o 13 colocado e, ao tentar passar o piloto B. Laninovich acabei tendo um azar. Ao tentar uma ultrapassagem, a moto de Laninovich arremessou uma pedra gigante, que acabou acertando em cheio o meus óculos. Confesso a vocês que parecia ter tomado um tiro. Perdi completamente a noção. Tava parecendo desenho animado, só via estrelas e sangue. Não ia ser uma pedra gigante que acertou minha cabeça que ia me tirar da prova. Fui em frente e me segurei como pude. Acabei tomando a bandeirada em 14º lugar.
A força da pedra acabou quebrando a lente do meu óculos e, ainda acertou meu rosto, deixando com um super olho roxo e ainda tive que tomar quatro pontos. Fui liberado pelo médico rapidamente. Eu estava muito triste e não me sentia nada bem para a segunda bateria. Mas Deus é muito bom pra mim. Quando caiu o gate, eu já não lembrava de mais nada, apenas queria buscar o resultado que escapou na primeira bateria. Não larguei tão bem quanto na 1ª bateria. Passei em 15º na primeira curva. No fim da volta já era o 11º colocado. Imprimi um bom ritmo e travei uma briga muito boa com o piloto J. Hill. Trocamos de posições várias vezes. Isso me ajudou muito, pois ele estava com linhas muito boas.
No meio da prova, Hill caiu e deixou a pista livre para que eu pudesse acelerar. Eu era o décimo colocado e tinha dois pilotos, J. Alessi e J.Albertson, à oito segundos na minha frente. Tentei acelerar ao máximo. Faltando 4 voltas para acabar a prova, consegui ultrapassar o Alberton e, na volta seguida passei o Jeff, que como sempre me deu muito trabalho.
Fim de prova. Mal podia acreditar que cheguei em oitavo. Foi sofrido mais valeu a pena. Nada melhor que voltar para casa com um resultado positivo. Agradeço muito a Deus por me proteger e me manter firme na luta com saúde e cada vez mais motivado a correr.Já não vejo a hora de entrar na pista para 7ª etapa!Agradeço a vocês que sempre estão comigo, não importando o resultado e aos meus patrocinadores a ASW/FOX, L´acqua di fiori, Mr Pro e Zoolo.
Valeu e até a próxima
Antonio Jorge Balbi Junior
Veja abaixo calendario e resultados oficiais.
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